Archive for 01/02/2011 - 01/03/2011

[One-shot] My Heartbeat

by Mazaki

Oi pessoal! Sentiram minha falta? Acho nem tanto, afinal fanfictions é algo que não tem faltado por aqui. Hoje estou trazendo um pequeno especial para vocês, um one-shot independente, porém no mesmo 'universo' do grande fanfiction que estou preparando para depois de Mastered Negima Destiny.

Trata-se de My Heartbeat, inspirado no universo de K-On!, mais especificamente sete anos após o final da série mangá/anime. Neste universo a Houkago Tea Time não só continuou existindo como se tornou uma dos grandes nomes do cenário musical japonês. Esta trama é independente, mas pode ser associada como sequel do fanfiction que estou escrevendo desde dezembro - Don't Stop the Music, e que irá pintar por aqui no blog quando a postagem de Destiny for concluída.

Claro que, vindo de mim para o Kono ai Setsu, é uma trama de yuri leve, romântico e sem cenas sexuais fortes ("poxa, tia Mazaki, como você é má!"). 

Espero que apreciem essa pequena amostra que deixo do material que estou trabalhando =)


Nota 1: a personagem `Kazumi` é a agente pessoal da banda Houkago Tea Time.
Nota 2: perdoem os eventuais pequenos erros de digitação. Se forem realmente incômodos podem apontar através dos comentários que eu corrigo (estar trabalhando em 2 fanfictions completos sem parar desde dezembro gera esse tipo de coisa)

Aviso legal: K-On! pertence à Kakifly. Esta é uma obra de fã sem fins lucrativos.

My Heartbeat - Ritsu Tainaka


         Haviam pessoas em polvorosa por todos os lados, mídia, os fieis fãs, tudo tomado enquanto a banda atravessava o saguão rumo ao elevador que as levaria ao andar térreo. O rebuliço pela passagem da Houkago Tea Time era ultimamente umas dez vezes mais barulhento do que antes, afinal as notícias eram chocantes e todos cometiam loucuras para tentar conseguir mais explicações sobre o anuncio mais bombástico para a industria da música em todo aquele ano.

            A banda de maior sucesso atual da light music iria parar de tocar.


       Fãs choravam por toda a internet e os boatos se multiplicavam muito mais rápido do que a quantidade de downloads oficiais e não-oficiais de Don’t Say Lazy. Os jornalistas jogavam todas os tipos de perguntas de modo interrupto, chamava ao máximo cada uma das integrantes em qualquer oportunidade, ninguém sabia o que estava acontecendo, pois tudo o que havia sido pronunciado era simples ou bonito demais para parecer verdade.


        Ritsu Tainaka estava se sentindo particularmente perturbada desta vez. Não era sem motivo. A menos de quinze minutos havia dito tudo o que a líder da banda poderia naquele momento, diante de centenas de pessoas presentes, mais os milhares que acompanharam tudo pela web, e ainda assim as perguntas eram as mesmas, cada vez mais ilógicas e nervosas. Havia se preparado tanto na noite anterior para falar do modo mais claro e simples sobre os acontecimentos para que tudo começasse a se acalmar, foi em vão?

           “Não há brigas, ou desentendimentos. Nós somos grandes amigas e temos também outros projetos para nossas vidas. A Houkago Tea Time não está morrendo, não vai silenciar para toda a eternidade. Nós somente acreditamos que, neste momento, este é o melhor para cada uma de nós.”. Tudo podia ser resumido de modo tão simples, porque não entendiam? Já havia se desgastado tanto para fazer todos os produtores e envolvidos na equipe entenderem a decisão delas, e agora os fãs e a imprensa faziam um alarde tão grande, ou ainda maior, do que os acionistas que mais gostavam do próprio bolso do que de algo nas músicas que tocavam.


          Talvez o cansaço causado por tudo isso não lhe estivesse fazendo bem, pois ela estava prestes a agir sem pensar, não sabia como, mas sabia que acabaria encrencada se deixa-se se levar pela fadiga psicológica. Em meio a toda a avalanche de pessoas falando e questionando, algumas indagações se repetiam bastante e era mais audíveis aos ouvidos já treinados para ignorar multidões escandalosas da baterista:


            - Ritsu! Ritsu! Como vocês chegaram nessa decisão tão impactante?


            - Ritsu!!! Vocês não gostam mais de tocar?


            - Ritsu, vocês conseguem colocar-se no lugar de seus fãs e compreender o quanto essa decisão de vocês muda o panorama da música atual? (Que jornalista elaborado em suas perguntas, pensou Ritsu erguendo a sobrancelha, sem olhar para ninguém).


           Porém sem perceber ela fez algo que não esperava, que não devia, que de algum modo poderia ser perigoso, maluco, arriscado. Na verdade, provavelmente Ritsu estava apenas cansada demais para ter um total controle sobre suas atitudes. As outras garotas e Kazumi demoraram alguns passos para perceber que a baterista havia parado de caminhar e voltaram-se para ver que ela encarava com uma expressão meio anestesiada para a multidão. Os flashes aumentaram ainda mais, as perguntas e desespero da mídia também:


          - O que ela está fazendo? Já explicamos o bastante por hoje. – comentou Kazumi levemente preocupada com o ar abatido da amiga.


             - O que a Riichan vai dizer a eles? – perguntou Yui, que estava mais distante da multidão do que as outras, uma prevenção por ela ser a pessoa que se distraí mais fácil e por isso é mais sucetível aos ataques que os corvos da imprensa fazem com suas questões maldosas.


          - Ritsu!! Como aconteceu tudo isso??? – voltou a perguntar algum blogueiro que gravava tudo com uma câmera pesada nas mãos, talvez estivesse transmitindo para o mundo inteiro, pensou a baterista.


           A verdade é que uma sensação de entorpecimento tomou conta de Ritsu quando ela encarou todas aquelas luzes, escutando tantas vozes exaltadas. Não parava de pensar e relembrar os seus próprios motivos para começar a falar no assunto com as outras, isso a mais de um ano atrás. Mas é claro que, colocando-se no lugar daquelas pessoas à sua frente, ela conseguia entender o choque e até revolta com tal anúncio:


         - Na verdade, eu fui quem comecei com essa idéia de dar um tempo com a banda. – disse ela, sendo escutada, gravada, transmitida por dezenas de pessoas ali na sua frente. Como resposta a sua reação, as perguntas e frases enlouquecidas aumentaram ainda mais. Eram como chacais querendo ainda mais o sangue de sua presa, jamais saciados, pelo menos era assim que Mio via aquelas pessoas naquele momento.


          A baixista aliás era quem mais estava apreensiva com a situação. Conhecia Ritsu, sabia que ela não estava bem. Parecia exausta, saturada, provavelmente a ponto de explodir, eu fazer uma besteira, e ambas as hipóteses eram realmente preocupantes. Sentia como se a pessoa que tanto amasse estivesse frágil e cercada por animais terríveis, que devoravam com prazer sua fraqueza:


            - Mas Ritsu, porque? Porque é a pergunta que todo o Japão está se fazendo. Porque?


            - O que te leva a querer parar com a Houkago Tea Time agora, Ritsu???


            - Ritsu! Ritsu! Ritsuu! Uma pergunta!


           Os olhos da baterista não conseguiam distinguir muito da massa a sua frente, era tudo luz e sons perturbados. Seu coração acelerou quando a resposta veio a sua garganta. Sem saber porque, a súbita vontade de dizer abertamente, na frente do mundo, todos os seus motivos, tornou-se quase uma necessidade vital. Era loucura, mas ela sequer conseguia imaginar um porcento do impacto que esse tipo de verdade traria para a imprensa, para si mesma:


         - Ritsu..... – Mio chamou baixinho, como uma esperança tola de que ela parasse de se esforçar tanto diante daquelas pessoas que não se lembravam jamais que ela era somente uma mulher como qualquer outra.


           - Ritsu. Vamos. – Kazumi chamou a outra como que para tentar acorda-la, porém não surtiu efeito algum. Não sabia porque, mas a produtora estava ansiosa e nervosa com tudo aquilo. Um pressentimento realmente.


         - Eu.... –começou Ritsu, com o coração pulando e o estomago gelado. Sentia-se nervosa e corajosa ao mesmo tempo. “Deus, o que eu estou fazendo?”. – Na verdade eu...


      A multidão escutava-lhe como se a vida de cada um ali dependesse disso e ainda assim a movimentação e barulheira era infernal de suportar:


           - Na verdade eu só quero uma folga, para poder....


           Flashes, câmeras, gravações, o mundo.


           - ... pedir a uma pessoa especial...


       Se uma bomba explodisse na sala ao lado ninguém escutaria em meio a aquela agitação quase surreal:


           - ... que case-se comigo.


           ...


       Silêncio. Absoluto, inexplorado e congelado silêncio. Subtamente todos os flashes pararam de acontecer, todos os fãs pararam de gritar e se empurrar, todos os repórteres pararam de perguntar e chamar inutilmente por qualquer membro da Houkago Tea Time. O pequeno estrondo de um balde cair de lado, próximo a uma distante porta ressoou pelo saguão como se o tempo tivesse congelado completamente. Se um pintor quizesse, poderia fazer um quadro perfeito daquela cena, afinal todos os modelos estava exatamente petrificados.


         Ela havia dito. O peso de suas próprias palavras e todo o peso delas estavam trazendo Ritsu de volta a realidade de uma maneira terrificadora. Havia acabado de dizer aquilo que sequer ao espelho tivera coragem de expor de modo tão claro. O seu maior sonho, o seu maior medo, tudo ali. Exposto, ouvido, visto. Claro que ela não se importaria com qualquer impacto no universo, a questão toda é que Mio estava a menos de seis passos de distância, quando o correto deveria ter sido ela deixar de existir durante a fração de tempo em que ela, Ritsu, dizia no ar a coisa mais chocante que se poderia esperar. Ou sequer esperar.


         Todas as membros do Houkago Tea Time, além de Kazumi, também só conseguiram ficar em silêncio das palavras da outra. Bem, na verdade Mio havia quase desmaiado por um momento, mas era uma mulher madura agora, e resistiu ao desejo de desaparecer da face da terra com bravura. As outras limitaram-se a ficar com os queixos caídos ao máximo e com uma estranha súbita vontade de gargalhar muito.


            Após mais de vinte segundo de completo silêncio, Ritsu conseguiu forças o bastante, ou melhor, sentiu-se incrivelmente imbecil e amedrontada o bastante para sair fugida do saguão a toda a velocidade, sendo seguida depois pelas outras, que demoraram alguns instantes a mais para acordar do choque. Incrivelmente a multidão permaneceu completamente congelada até que tivesse deixado completamente o recinto.


           Assim que entrou no espaçoso elevador Ritsu foi abordada pelo produtor Satou que começou a fazer uma série e discursos e afirmações escandalisadas sobre o fato da baterista ter simplesmente agido da forma mais imprudente e irresponsável que ele já havia visto alguém fazer na vida. Quanto a porta do elevador finalmente fechou, Mio encostou-se contra a parede mais distante o possível de Ritsu e respirou diversas vezes como que para retomar as forças, ou não cair desmaiada ali mesmo. Yui, Asuza, Mugi e Kazumi se entreolharam em silêncio e tentaram ao máximo não sorrir tanto ao ponto de começar a rir loucamente com a situação:


          - Tainaka! A imprensa vai enlouquecer com isso! A imagem perfeita que eu estava construindo para essa pausa na carreira vai ser destruída!!! Será que você não entende que ídolos não podem dizer que, simplesmente, vão casar?!?!?! – choramingava Sr. Satou quase sacudindo os ombros da mulher que estava voltada para a parede, de costas para todos. – Tainaka! Tainaka?!?!? – foi então que eles perceberam que Ritsu provavelmente estava em algum tipo de estado de choque, porque estava completamente alienada da realidade, o homem reparou que sequer ela piscava.


          - Será que dá pra não me torrar agora Satou!!! Eu acabei de.... de.... AAAHHHRRGG!!! – berrou Ritsu, quando a porta do elevador finalmente abriu-se no andar térreo e ela saiu em disparada em direção aos carros que lhes levariam de duas em duas para bem longe daquele maldito prédio onde ela havia feito a, que ela pensava naquele momento ser, a coisa mais constrangedora e idiota de toda a sua vida.


           Elas se viram novamente atravessando mais multidões de fãs e repórteres, e, por mais absurdo que se possa sonhar, todos ali só perguntavam sobre a declaração que Ritsu havia acabado de realizar, a pouco mais de dois minutos, à 3 andares de distancia dali:


           - Ritsu! Você vai se casar?!


           - Ritsu!!! Quem é o seu noivo?


           - Ritsu!! É verdade que você está grávida e por isso precisa casar as pressas?


           - Você tem um caso com algum produtor da equipe HTT?!


            Porém foi o questionamento de um grupo de jovens fãs que ressoou mais alto:


            - Riichan!!! É a Mio-chan?


            Ritsu parou de caminhar ao escutar isso. Estava cansada demais, assustada demais, envergonhada demais, não era capaz de esconder o choque ao escutar aquilo. Voltou seu olhar na direção que ouviu a voz da jovem estudante que perguntou aquilo, porém só foi capaz de ver os flashes. Imaginou que muito em breve fotos suas estariam nas páginas principais de muitos sites, além de seu nomes entre os assuntos mais falados do Japão:


        - Vamos indo. – disse Kazumi, passando o braço pelos ombros da mulher, arrastando-a rapidamente para dentro do veiculo que a levaria junto com a DJ para bem longe daquele prédio causador de tanta confusão. Quando conseguiu dar conta de si, Ritsu percebeu que estava olhando para o teto do carro que se movimentava a uma velocidade constante. Sequer escutava-se mais qualquer murmúrio de multidão.


         Como havia sido capaz de falar sobre casamento na presença de Mio daquele jeito? Obviamente ela sequer conseguia dormir as vezes, apenas ao sonhar com o dia em que teria que encarar a mulher para fazer a pergunta fatídica, mas isso não justificava ela simplesmente jogar tudo para o alto e declarar suas intenções na frente do mundo inteiro. Com certeza Mio não conseguiria olhá-la na cara novamente por dias, semanas, meses.... a vida toda?


    - Aquilo foi tão fofo. – comentou Kazumi sorrindo abertamente, fazendo a baterista virar precariamente a cabeça encostada no banco para o seu lado. Parecia sequer ter forças de segurar a cabeça pesada com tantos pensamentos.


         - O que cê tá dizendo Kazumi..... eu fui louca.


        - Foi sim, mas foi demais, Ritsu. – disse a DJ olhando de modo solidário para a amiga. Entendia o sentimento de medo que ela devia estar sentindo. – A Mio deve estar com as pernas moles até agora. Espero que não passe mal no carro.... – completou, não conseguindo evitar rir de tudo aquilo.


         - Mou...... eu quero me enterrar neste momento....


         - Deixa de bobagem. Tudo o que tem a fazer é ir escutar a resposta da sua noiva, Ritsu.


       A primeira coisa que Ritsu escutou ao abrir vagarosamente a porta do apartamento de Mio, que aliás ela já tinha a chave a mais de dois anos, foi o som da televisão ligada, tirando todas as suas esperanças de que não precisasse realmente encarar Mio hoje, nem nunca. A baterista estava realmente com medo demais da reação da outra.


       Mas já que era inevitável, fez questão de fechar a porta e trancar de modo audível, para alerta-la, mesmo que estivesse dormindo no sofá. Tirou os sapatos e, respirando fundo, caminhou em direção a sala. Encontrou as costas de Mio ali no meio do sofá. Ela estava ali, olhando comportadamente para a televisão ligada, ou ao menos fingindo, abraçando as próprias pernas, quase como uma criança, com as roupas leves que costumava usar nos momentos de completa folga. Até mesmo as folgas para encarar a namorada louca que lhe pedia em casamento indiretamente na frente de toda a mídia.


    Ritsu não conseguia encontrar a própria voz, encostou as mãos no sofá, ao lado de Mio, demonstrando que estava ali, enquanto abria a boca para tentar dizer algo. Porém nem murmúrios saiam. Estava completamente envergonhada, amedrontada. Sentia vergonha de si por estar tão impotente diante de um momento tão marcante e importante que deveria ser aquele. Para piorar a baixista sequer reagia a sua presença, continuava a olhar fixamente para frente.

       Os suspiros que Ritsu dava ao tomar ar para falar e falhar completamente se repetiram ainda algumas vezes para que algo realmente acontecesse. Mio olhava para o lado em que, atrás de si, estava a baterista e deixou escapar um suspiro depois de um tempo:


       - Baka.


        - Hã? – o som havia sido tão singelo e baixo que Ritsu foi despertada de sua espiral eterna de medo se saber se havia imaginado a voz da mulher ao seu lado. Sem poder sequer pensar, ou reagir, Ritsu viu o movimento rápido e no momento seguinte, os braços de Mio estava ao redor do seu corpo.


        Claro que a baixista também estava chocada e envergonhada demais para encarar de frente o rosto da namorada, portanto apoiar-se com os joelhos no sofá para ficar em uma altura próxima a de Ritsu e assim poder abraçá-la havia sido a escolha mais fácil e para medrosas como ela. Ela pode sentir a respiração completamente suspensa da outra por vários momentos de mais silêncio que se sucederam ao seu gesto:


         - Mio....


         - Você é mesmo louca, ne Ritsu.


       - Eu...... - a voz dela era tão assustada que Mio não conseguiu deixar de sentir a necessidade de proteger aquela mulher estúpida que era tão importante em cada momento de sua vida. Apertou o abraço e sentiu Ritsu retribuindo-lhe, encostando o queixo nela, tão frágil que fazia a baixista esquecer completamente de suas tolas inseguranças.


       - Você fazer coisas tão malucas e vem depois pedir por colo é? – questionou a mulher de longos cabelos negros, nos mais as mãos de Ritsu se perdiam em meio ao apertado abraço.


         - Eu..... desculpe, Mio....


        - Desculpar.... será que eu não te amo o bastante para você saber que não precisa se desculpar por nada..... muito menos..... – o seu coração acelerava de um jeito desenfreado, ela teve que engolir a vontade de chorar como uma criança que machuca o dedo em uma porta malvada que fecha com o vento.


       - Mio..... eu.... te amo tanto..... – Ritsu fechou os olhos apertando ainda mais o abraço. Se era tão difícil, que fosse todo de uma vez. – Eu... realmente.... quero... quero te ter comigo a vida inteira.... quero... poder dizer ao mundo inteiro o quanto eu sou feliz quando te vejo sorrir irritada.... quero tudo... quem sabe um dia até filhos.... crianças barulhentas que vão destruir a minha bateria sem piedade..... Mio....


         Era demais para a baixista, eram sentimentos fortes e maravilhosos demais. Sem afrouxar o aperto ao redor do corpo magro e trêmulo de Ritsu, ela buscou seu lábios e deu-lhe o beijo mais apaixonado, feliz, salgado pelas suas lágrimas e doce pelos calor que sentia no peito. Nem sempre as palavras podem dizer tudo o que é preciso e não havia outro meio para ela dizer tudo o que tinha dentro de si.


        Ritsu sentiu aqueles sentimentos e sentiu-se quase fora da realidade. Todo o tempo que ela tivera medo e vergonha de dizer abertamente a Mio. Sempre pensando que a garota lhe xingaria, fugiria, brigaria de verdade. Tantas hipóteses tão planejadas mas que sempre davam errado nos seus sonhos. Logo uma realidade totalmente inesperada tinha acabado nesse nervoso e total sucesso.


         Quando finalmente o beijo terminou elas se encararam de frente, próximas, ainda os rostos corados, os olhos levemente umedecidos, inevitavelmente sorrindo, não havia outro modo de ser:


         - Nunca mais me fale de crianças a não ser que realmente esteja querendo me fazer chorar, Ritsu-baka. – disse Mio sorrindo ainda mais abobalhadamente, com uma lágrima escapando, como aquela baterista conseguia dizer coisas que lhe tocavam tão profundamente sem pensar nas conseqüências.


            - Mio...


            - Não vá me perguntar se eu digo “sim”, senão eu vou te bater pra valer.


            - Ok....


            - Mou, Ritsu~~!


- W-woa!! - inesperadamente Mio agarrou a garota de franjas atualmente mais para os lados pela cintura e a puxou por cima do sofá, fazendo-as cair uma sobre a outra, deitadas. Ritsu demorou alguns segundos para localizar-se novamente, agora por inteira sobre o corpo da baixista que lhe encarava com um largo sorriso. – Que tipo de reação é essa, Mio?


- Hm? – a mulher não fez muito esforço para entender o que tinha escutado.


- Não sabia que você iria querer esse tipo de comemoração tão rápido assim. – completou Ritsu fazendo a outra finalmente se tocar das posições delas deitadas no sofá.


- Baka... na verdade eu só queria ver a novela que já vai começar. – disse ela apontando para a televisão ligada à frente delas.

- É? – Ritsu ergueu uma de suas finas sobrancelhas e parou para encarar o aparelho por algum tempo, para depois voltar-se para a baixista.

- É porque o Matsuo-kun e a Hime-chan estão num momento tão bonito.... – argumentou Mio tocando os indicadores entre os rostos delas e a baterista realmente ficou de sobrancelhas erguidas dessa vez.

- Sempre Moe Moe Kyun....

- Baka.....
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Posted by LKMazaki

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