Posted by : LKMazaki quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Chegando bem a tempo com um capítulo no prazo! (no prazo! Vamos sair e comentar amigos e amigas! XD). Espero que gostem deste capítulo, um pouco mais sério mas com algo que estava faltando em Destiny até agora..... KonoSetsu! Só um pouquinho, infelizmente, mas ainda assim o casal-nome do blog em ação mais uma vez!

Como será que Konoka e Setsuna lidarão com todos os problemas e adversidades que surgem?


Destiny 01 - kono-ai-setsu - pdf(mediafire)
Destiny 02 - kono-ai-setsupdf(mediafire)
Destiny 03 - pdf(mediafire)


Elaborado e escrito por: Lilian K. Mazaki - http://twitter.com/LKMazaki - http://lkmazaki.blogspot.com
Aviso legal: Mahou Sensei Negima não me pertence, essa é uma obra de fã sem fins lucrativos.

Mastered Negima Destiny

CENA 03: Maus presságios


Konoka Konoe caminhava sem tanta pressa à caminho da entrada do dormitório. O dia já estava claro e o ar era refrescante em seus pulmões. Ainda que tivesse tido uma noite de sono boa, a jovem não deixava de sentir-se de alguma forma cansada, mesmo que não fisicamente.

Normalmente a aprendiz de maga branca recordava de muitos de seus sonhos, todos os dias, algo normal para sua classe de poder. Impressões vagas de coisas que acontecerão no dia seguinte ou fantasias quaisquer que de alguma forma também expressavam coisas da vida real. Evangeline lhe dissera que seu nível de clarividência era um pouco acima do comum, mesmo para um experiente mago branco, era um dom raro que iria ainda lhe render muitas dores de cabeça. Afinal, ninguém fica mal de saber que algo bom vai acontecer, mas é muito pior quando se sabe que algo ruim esta a caminho e não há o que se fazer sobre isto.

Não que a impressão que estava povoando a mente da Konoe naquele início de dia fosse claramente ruim, mas era incomoda. Talvez fosse sinal de que algo irritante fosse acontecer, o que já era o bastante para deixar Konoka chateada. Seu estresse atual pela ausência forçada de sua namorada já estava sendo um problema grande e, somando a isso toda a situação sobre a presença do misterioso assassino em Mahora, com certeza não estava vendo com bons olhos ter ainda mais coisas para pensar:

― Kono-chan. ― disse Setsuna ao chegar do corredor na entrada do prédio. Seu tom era de uma alegria enorme e Konoka não deixou de sentir uma pontada pela expressão cansada que a espadachim shinmei carregava consigo sempre.

― Set-chan, bom dia. ― cumprimentou a maga, se jogando nos braços da namorada como uma expressão de filhote carente. Não tinha como agir diferente quando se tratava da samurai. Não havia seriedade de situação que fizesse Konoka privar-se de ser somente uma garota apaixonada quando isso lhe era permitido.

Setsuna afagou os cabelos castanho longos da outra por longos minutos, também se permitindo não ter pressa. Depois curvou-se para depositar um beijo suave em seus lábios, para despertá-la para o mundo real:

― Vamos indo, então? ― perguntou, sorrindo tão sincera e abobadamente o quanto podia e a maga branca lembrou-se de como era privilegiada por poder ainda ver aquela expressão.

― Sim, sim. Mas só se a Set-chan me prometer ficar de mãos dadas até chegarmos na sala de aula! ― exigiu Konoka apoiando o queixo no colo da outra, sorrindo como um pequeno gato.

― M-Mas. . . ― a guarda-costas corou ao pensar na expressão que teria que encarar de todas as colegas de classe ao vê-las assim. Não que fosse ser a primeira vez, mas era exatamente por não ser que ela tinha certeza de que morreria de timidez.

― Mou, Set-chan! ― miou Konoka, franzindo as sobrancelhas, o que só lhe fez ficar ainda mais fofa, para o azar da razão de Setsuna.

― E-esta bem. ― concordou por fim, sem ter saída. Segurou a mão direita da namorada com a sua esquerda e elas começaram a caminhar.

Foram assim, em paz, por boa parte do caminho parado que tomavam para chegar ao campus do colegial. Konoka quase pendurada no braço da espadachim, que se sentia culpada por aproveitar tanto aquele momento onde deveria estar "escoltando em segurança a neta do diretor geral". Sequer falaram muito, detendo-se em aproveitar a presença uma da outra, até que a agitação de alunos correndo apressados para todos os lados as distraiu o bastante para voltarem a pensar sobre a vida:

― Set-chan, eu estou com uma impressão sabe. ― comentou a maga branca, recordando-se de seus pensamentos de antes de encontrar a namorada.

― Hm? Um sonho? ― perguntou a shinmei, que ainda com tantas ocupações, sabia tudo sobre a evolução e treinamento da outra.

― Não é um sonho, mas a impressão é forte também. ― explicou.

― E sobre o que é? ― Setsuna ainda tinha esperanças que alguma hora as sensações da Konoe fossem finalmente lhe deixar mais aliviadas sobre o futuro, mas essa opção foi descartada pela expressão que esta fez.

― Sobre meu avô, na verdade. Acho que vou acabar brigando com ele. Heh, o que não é assim tão surpresa ne, ele tâ merecendo. ― disse Konoka com um sorriso ressentido.

― Não devia falar isso do diretor, Kono-chan. ― censurou a shinmei, com um tom repreendor, leve, mas repreendor.

― Hunf. ― bufou a Konoe, fazendo um beicinho que fez a espadachim esquecer de falar mais alguma coisa contra esta. Na verdade nem tiveram mais muito tempo para alguma conversa, pois logo viram Chizuma-sensei andando na direção delas e pararam para que as alcançasse.

― Bom dia, Konoka-chan, Setsuna-kun. ― cumprimentou a professora com um tom levemente agitado.

― Bom dia, Chizuma-sensei. ― responderam em um coro perfeito, até se entreolhando por isto.

― Aproveitei que as vi para dar-lhe logo o recado, Konoka-chan: o diretor quer falar-lhe o quanto antes. Agora mesmo, antes das aulas, se possível. ― explicou a mulher, que parecia estar tentando parecer mais amena, o que não disfarçava nada. Setsuna ergueu as sobrancelhas ao encarar novamente a namorada. Os pressentimentos dela realmente não tinham como ser ignorados.

― Tudo bem, Chizuma-sensei. Então acho melhor irmos agora ne. ― disse a maga branca, apertando com mais força a mão da shinmei.

― Ótimo. ― alegrou-se a mulher, educadamente. ― Então vamos, eu a acompanho. Pode ir tranquila para as aulas, Setsuna-kun.

Setsuna realmente não ficou surpresa por estar sendo elegantemente dispensada. Sabia que Chizuma fazia isto somente para que seu patrão não tivesse irritações evitáveis. Sim, uma meio-uzoku sempre seria somente uma irritação, não parte da família, não é mesmo?

― Ah. . . ― Konoka pensou em falar alguma coisa, ao sentir a sua mão se separar da garota que amava. Mas ela também sabia que não havia o que ser feito.

As duas adolescentes se despediram brevemente e a herdeira de Kanto e Kansai acompanhou a professora, à caminho do escritório que ficava no prédio um de Mahora, apenas tendo certeza que seus pressentimentos eram também uma maldição.






As portas às costas da maga branca fecharam num pequeno estalo, deixando-a naquel escritório mais escuro do que lembrava ser da última vez que estivera ali. À sua frente o diretor geral de Mahora, e também seu avô materno, lia e escrevia em diversos papeis organizados sobre sua mesa. Provavelmente seria mais material a ser usado no planejamento da segurança pesada que toda a equipe mágica da instituição estava mantendo desde o anúncio do fato sinistro do assassino misterioso. Sem falar nada, Konoka apenas aproximou-se e sentou na cadeira de frente para o homem centenário:

― Desculpe por esta bagunça, Konoka, as coisas estão realmente agitadas, você sabe. ― disso ele, ainda lendo uma folha que retirou de cima da pilha mais à esquerda sobre a grande mesa. ― Eu só . . . ah, esquece, preciso falar com você. ― e colocou o papel de lado, finalmente dando atenção à garota de dezessete anos à sua frente.

― Algum problema, vovô? ― perguntou Konoka, sem saber muito bem por onde começar uma conversa com ele. Já fazia um bom tempo desde que haviam conversado pela última vez, e fora somente uma vez depois da conversa fatídica que ele e Eishun haviam tido com a sua, agora publicamente, namorada.

Nenhum dos dois estava mesmo à vontade com aquela conversa:

― Bom, na verdade são só os problemas que você já sabe, não é mesmo. Mahora não é mais o local seguro de outrora, e isso está deixando este velho bem preocupado com sua neta. ― disse Konoemon, recostando-se em sua poltrona, parecendo mais cansado que a jovem esperaria.

― Mas acho que Mahora não é menos segura do que qualquer outro lugar, afinal aqui existem magos como não se reunem tantos por ai. ― consolou Konoka.

― Heh, muita ingenuidade sua, minha neta. Nem mesmo um milhão de magos fariam diferença. Tudo o que podemos fazer é atrapalhar este assassino de andar livremente por aí, escolhendo vítimas. ― ponderou o diretor, com a voz grave. ― Estou dia e noite vasculhando tudo ao meu alcance, tenho pessoas poderosas em todos os becos e ruas possíveis, mas isso é só um pequeno atraso para essa criatura sombria, Konoka.

― Ele não está em Mahora para me escolher como alvo, vovô. ― disse a jovem, com uma segurança que surpreendeu a si mesma, mas como maga branca, ela teve certeza de suas palavras. Konoemon a encarou em silêncio por algum tempo, talvez refletindo sobre o quanto poderia confiar nos poderes de uma garotinha.

― Você não pode ficar exposta aqui, Konoka. Você é de longe a pessoa mais importante que vive em Mahora, nos critérios desse ser. Você tem um potencial enorme. . .

― Mas esse "Ice Soul" prefere inimigos já poderosos, para poder demonstrar sua força, não é mesmo? ― interrompeu Konoka, ainda sem convencer-se da importância da preocupação do homem.

― Você vai ficar onde eu disser para ficar, Konoka! ― exasperou-se Konoemon, falando asperamente. ― Você ainda é inocente demais para entender que está em um perigo maior do que qualquer outro que já viveu.

― Eu nunca saio a lugar nenhum sozinha! O Negi mora no mesmo apartamento que eu! Eu vou e volto das aulas sempre com a Set-chan. . . ― argumentou a maga branca, irritada com o tratamento que estava recebendo. Mais do que nunca estava detestando ser vista como uma criança indefesa, pois isso ela não era mais.

― Sakurazaki. . . Sakurazaki. . . Realmente acha que ela faria alguma diferença se o Assassino Imortal aparecesse? ― questionou o mago, com total descrença.

― Eu não confiaria a minha vida a mais ninguém do que a Set-chan. ― respondeu Konoka com sinceridade, ainda que isso fosse somente um argumento emotivo.

Konoemon deu uma risada com desdém:

― Essa maldita hanyou não poderia fazer nada, Konoka.

― Não fale assim dela! ― ordenou a garota, que se ergueu do lugar. Tinha as mãos fechadas para não tremer.

― Não gosta que eu fale assim da sua. . . sua. . . ― começou o diretor, com visível asgo com a ideia que não pode pronunciar. ― Ainda que ela esteja lá fora, se matando para cumprir as minhas ordens, ela não vale nem a maldita comida que come, Konoka. ― disse, deixando toda a raiva contida sobre ter tido que aceitar o relacionamento de Konoka e Setsuna transparecer em cada palavra. A garota ficou assombrada com aquele tom quase homicida.

― Não fale assim . . . ― insistou a maga branca, com a voz mais fraca, mas ainda determinada. ― Você está usando tudo isso como uma desculpa para nos separar não é? Aposto que também tem certeza de que esse assassino não virá atrás de mim, é só a desculpa perfeita.

― Pense o que quizer, minha querida e tola neta. ― disse Konoemon, contendo o tom de voz, percebendo que havia passado muito do que deveria. ― Eu só poderia ser mais maquiavélico se acreditasse na chance do assassino escolhar à Setsuna Sakurazaki como vítima. Porém eu não sou tolo e ele não escolhe escória.

― Cala a boca! ― berrou Konoka e deu às costas para o homem, saindo sem hesitar do grande escritório. Sem pensar ou se importar com qualquer coisa. Talvez tenha visto Chizuma-sensei, mas se ela disse-lhe algo, não escutou.

Ainda que a conversa em si tenha sido muito difícil, Konoka percebia que estava alterada demais pelas palavras ditas pelo se avô. Entendia bem como devia ser ruim para ele aceitar o seu relacionamento com Setsuna. Entendia que provavelmente o peso de ter a vida de todos os magos e guerreiros de Mahora sob sua responsabilidade deveria ser um fardo terrível, insuportável para a maioria das pessoas. Então não entendia o que era aquela sensação que as palavras de seu avô havia deixado sobre seu coração.

Eram pressentimentos, pressentimentos terríveis. Ideias horriveis e impossíveis que de repente passavam como um raio pela mente agitada da garota. Tinha que pensar com racionalidade e ver que aquelas suposições que estava fazendo eram apenas por puro medo e insegurança. Nunca, realmente nunca poderia acontecer algo como aquilo.

Precisava ver Setsuna. Mais do que antes, precisava da presença da pessoa que tanto amava ali, ao seu lado, junto a si, para espantar os pesadelos que estavam tomando conta da sua mente.


[Continua]

************************

Comentários, comentários! Nem que seja só pra dizer que eu deixo muitos erros de ortografia passar (eu não vou negar, afinal meu tempo para revisão é quase inexistente).

Meus beta readers já me disseram que realmente não esperavam pelo desenvolvimento dessa cena ocorrer desse jeito tão hostil, mas eu realmente gostei da maneira que aconteceu. Konoemon e Konoka estão sobrecarregados e realmente estressados com toda a situação. 

Enfim, espero que tenham gostado! Semana que vem tem mais! \o/

3 Responses so far.

  1. Anônimo says:

    Caraa, gosteii muitoo, fiqueii aquii na sedeee por esse cap, o problema e ter que esperar até quarta que vem, mais ta blzz.

  2. Saudações


    Ótimo trabalho, Mazaki.
    Fiz download do terceiro capítulo, pois os outros dois li no notebook ( logicamente, via download ).

    Isso é o que chamo de persistência e satisfação de fazer aquilo que gosta.

    Em frente sempre.
    E parabéns.


    Até mais!

  3. Náty says:

    Muito legal esse capitulo e não deixa de ser tenso tbm !! To adorando tua fanfic :D

    Espero ansiosa o próximo cap.!!

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