Archive for 01/08/2014 - 01/09/2014

[Conto] Nova vida e antigos sentimentos (Clarisse e Alex pt2)

Olá a todos! Depois de duas semanas da publicação do conto "Prelúdio de um recomeço" estou cá de volta para trazer a vocês o que nem eu mesma poderia imaginar na data daquela postagem:  a continuação da história de Clarisse e Alex.

Depois de receber um feedback super positivo tanto aqui blog como nos bastidores (leiam isto como "a Big Boss surtando") acabei ficando motivada (Big Boss: "Eu EXIJO uma continuação disso no KaS!!!!") a trazer uma sequência para a trama iniciada em Prelúdio de um recomeço. É com alegria que anuncio que este texto não é somente uma sequência, mas sim apenas a segunda parte de uma história que será serializada aqui no KaS nos próximos meses, em formato quinzenal.

Só posso agradecer à direção do KaS e também aos leitores-comentaristas pelo espaço para trazer minha primeira história original ao blog. Espero que acompanhem essa breve saga de encontros e desencontros da redatora Clarisse e a fotógrafa Alex.

Enfim, vamos para o texto. Comentários são muito bem vindos, como sempre.


Outras opções de leitura


Nova vida e antigos sentimentos
por Lilian Kate Mazaki




Em meio a um desembargue tumultuado Alex conseguiu identificar em meio à confusão o aceno de um rapaz sorridente. Ricardo, exatamente o mesmo de três anos antes, pensou a fotógrafa, ao retribuir o gesto. Um tremor involuntário varreu o corpo desta quando enfim enxergou a pessoa que acompanhava o antigo colega de faculdade. Alex fez o melhor possível para não deixar a avanlanche de sentimentos transparecer na sua expressão.
Clarisse, quase a mesma Clarisse que se recordava. Os cabelos castanho alourados estavam mais compridos do que se recordava e pareciam menos disfarçados por tratamentos. As roupas também eram outras, mais sociais e neutras. Era o que se esperaria de uma redatora de uma renomada revista informativa mensal, pensou Alex. Também havia algo de diferente na expressão de Clarisse, pensou essa enquanto percorria os metros restantes entre ela e os dois, um quê muito maior de maturidade do que se recordava ver no rosto sempre sonhador da antiga amiga. Aquela que, concluiu naquele instante, ainda continuava sendo sua grande paixão não-resolvida.
Alex, bem vinda! — exclamou Ricardo se adiantando para um abraço. Depois do carinhoso aperto, o homem fintou o rosto da fotógrafa com carinho.
Oi. ― respondeu Alex, já voltando o olhar para a outra mulher. ― A quanto tempo, Clarisse.
Bem vinda de volta. ― respondeu Clarisse, de modo um tanto automático.
Oi, oi pessoal. — cumprimentou Alex, detendo-se por um instante, tentando decifrar a expressão um tanto distante da outra mulher.
Ei, você deu uma melhorada no visual ein. — comentou Ricardo, referindo-se às mechas irregulares da recém-chegada, que tinha sido cuidadosamente despenteadas buscando um charme mais rebelde.
É, demorei para acertar o jeito de arrumar, mas acho que estou satisfeita agora. — respondeu esta, agarrando uma das pontas da mecha que deixava caída à frente da orelha direita.
Então, viemos para te dar uma carona de táxi para sua nova moradia.— disse Ricardo, gentilmente pegando a bolsa de ombro que Alex trazia consigo, além da alça da mala de rodinhas, já caminhando para a saída do aeroporto.
Carona de táxi. Essa foi boa. — riu-se Alex, seguindo o rapaz, assim como fez Clarisse.
Se você não vai pagar, então é uma carona. — argumentou Ricardo.
Mas se a corrida é exclusivamente para me levar até lá fica meio estranho chamar de carona. — contrapôs Alex.
Você é sempre tão racional. — reclamou Ricardo e as duas mulheres riram do tom irritadiço que ele utilizou.
Uma vez no táxi, com Alex sentada na frente e os dois redatores no banco de trás, o longo trajeto até o apartamento que a repórter fototográfica alugara começou a ser percorrido. As conversas eram todas puxadas e mantidas por Ricardo. Clarisse continuou sendo a que menos se envolveu nos assuntos. Levou cerca de meia hora para que o táxi alcançasse o destino e os três subissem para o apartamento.
Quando destrancou a porta e adentrou pela primeira vez no novo apartamento Alex sentiu-se mais uma vez feliz por poder confiar em Cíntia para cuidar desse tipo de assunto. Até então ela não havia visto o lugar a não ser por fotos, e vazio. A irmã não só cuidara dos detalhes imobiliários como também decorara todo o lugar de modo agradável. Mesmo as duas tendo gostos tão distintos sua irmã mais velha entendia bem o gosto da caçula:
Noooossa, a Cíntia é uma decoradora de mão cheia! — exclamou Ricardo, depois de depositar as duas bagagens a um canto, dando uma boa olhada na sala. — Estou até me arrependendo de não ter seguido para a área de fotografia. . .
Não é pra tanto. A mana consegue ótimos preços com os fornecedores dela. — comentou Alex, indo até a pequena varanda. Um toque de celular a fez voltar o olhar de volta para o cômodo. Clarisse tirava seu aparelho.
Alô? Ah, sim Valter, posso falar sim.” começou Clarisse, franzindo a testa. “O que? Agora? Mas eu pensei que. . . Eu sei que não, mas. . . Não senhor, eu só não entendi porque tão de repente. . . Não, por mim tudo bem, não se preocupe. . . Certo. Meia hora. Ok, até.”
Qual foi agora, Clarisse? O Valter te chamou? ― perguntou Ricardo, já exasperado.
O diretor de conteúdo resolveu adiantar uma reunião de conteúdo do próximo especial. Ia ser só na terça, mas ele não quer esperar. ― explicou Clarisse, com a expressão de frustração evidente. ― Vou ter que ir.
Tudo bem, garota. Você tem muito futuro na editora, é importante estar presente sempre que te chamam. ― disse Ricardo, tentando consolar a amiga que parecia desapontadíssima. ― Nunca que eles iriam chamar o Ricardinho aqui para uma reunião, afinal sou insignificante. É um ótimo sinal!
Eu sei. ― concordou Clarisse, apesar de não parecer animar-se muito. ― A-Alex, desculpe por isso, eu. . .
Tudo bem. ― apressou-se em dizer a fotógrafa. ― É como o Ricardo falou, é uma coisa boa eles te chamarem.
Alex foi com Clarisse de volta à entrada enquanto Ricardo ficou na sala, apenas observando. A fotógrafa abriu a porta para a outra e saiu com esta, fechando ligeiramente a entrada. Clarisse virou-se para esta, ainda portando uma boa dose de frustração:
Desculpe de novo, Alex. ― disse. ― Não queria ter que sair tão de repente. Mal conversamos.
Não se preocupe. Logo vamos ser colegas de trabalho, mesmo que de redações diferentes. ― disse Alex, sorrindo talvez mais do que gostaria.
Certo. ― concordou Clarisse. Então, depois de um instante de hesitação das duas partes, Clarisse passou os braços pelo corpo da antiga amiga, em um abraço um tanto desajeitado. ― Vou indo, então.
Está bem. ― disse Alex, depois de que soltaram o breve aperto. ― Cuide-se.
É bom que esteja de volta, Alex. ― disse Clarisse, evitando o contato visual direto.
É, também acho. ― o calor no peito da fotógrafa cresceu com aquelas palavras, quase tirando sua capacidade de responder. ― Bom te ver, Clari.
Clarisse nada respondeu, apenas sorriu e acenou com a cabeça, tomando enfim o caminho da saída. Alex seguiu com o olhar seu percurso até esta sumir na entrada das escadarias. Depois retornou ao apartamento, trancando a porta e indo até o sofá onde Ricardo já estava sentado. Acomodou-se ali ainda com a cabeça um tanto aérea, sem dar-se conta do sorriso que ainda perdurava no rosto. Ricardo porém não deixou o detalhe passar desapercebido:
Ela continua linda como sempre, né. ― disse ele. Alex despertou do seu devaneio com aquele comentário e fintou a expressão de divertimento do antigo amigo.
Isso. ― respondeu ela, meio atravessada, sentindo o rosto esquentando diante do olhar do outro. ― Digo, sim. Verdade.
Parece que essa saída inesperada ajudou a quebrar um pouco o gelo entre vocês, não é? ― comentou ele. ― Deu pra ouvir daqui, sabe. ― completou, apontando a própria orelha direta.
Ah. . . ― Alex não soube o que responder.
Ainda que ela e Ricardo tenham trocado e-mails nas últimas semanas era difícil para a fotógrafa colocar em palavras algumas das coisas que eles haviam escrito com tanta naturalidade nesse meio tempo. Ricardo percebeu essa dificuldade da amiga e tratou de mudar o foco da conversa. Alex agradeceu internamente a delicadeza dele. As duas horas seguintes o nome de Clarisse só foi pronunciado quando o homem contava os casos engraçados ou esdrúxulos que já passara no trabalho, onde a mesma era sua colega vizinha de baia.
Depois de comerem um lanche feito pelo rapaz, este despediu-se e prometeu enviar mensagens. Alex enfim pode observar seu novo lar com cuidado. Já começava a cair à noite e logo os seus pensamentos correram em outras direções.
Clarisse. Sim, ela estava linda. Na verdade muito mais linda do que Alex lembrava. Em todos os sentidos Clarisse havia se tornado mais do que já era na época da faculdade. Na beleza, na voz, na maneira delicada e elegante de vestir-se. Pelo visto ela também estava amadurecendo enquanto profissional e provavelmente como pessoa. Ainda assim, Alex sentiu de imediato, ainda haviam aspectos de Clarisse que precisavam amadurecer muito. Ricardo lhe contara várias coisas por mensagens, antes da sua chegada e tudo indicava aquilo.
Diferente de Clarisse, que mantivera-se fechada para aquele sentimento dividido entre elas durante a faculdade, ao que se sabe sem jamais deixar-se seguir pelas experimentações, Alex vivera de modo um tanto intenso a juventude em uma cidade longe de casa. A fotógrafa não era mais a sonhadora romântica que contentou-se durante quatro anos em apenas estar perto daquela que fora sua grande paixão. Seria impossível para ela manter a relação das duas da mesma maneira que fora no passado. Alex era uma mulher agora, não mais uma garotinha desajeitada do curso de Jornalismo.
Ainda que, como ficara provado em poucos minutos, Alex continuasse completamente apaixonada por Clarisse. Porém seu amor não era mais tão paciente e etéreo quanto outrora. O calor do desejo moldava o seu sentimento de alegria em rever a mulher que amava.
Apesar dos sentimentos antigos, nada mais seria como naqueles tempos, concluiu Alex.
Foi então que o celular da morena deixado sobre a mesinha de centro da sala iluminou-se. Sem muita pressa Alex o alcançou e desbloqueou a tela para ver do que se tratava. No aplicativo de mensagens instantâneas uma pergunta simples de um contato que ela não esperava brilhou na tela:
Quer sair pra comer alguma coisa?”






Alex surpreendeu-se ao cruzar as portas do restaurante. Localizado no sexto andar de um dos prédios da principal avenida do centro da cidade, toda a parede aos fundos era tomada pela paisagem da cidade iluminada pelas luzes noturnas, através dos paineis de vidro quase imperceptíveis. Dirigindo-se à recepção logo ela estava seguindo a um dos garçons em direção a uma mesa localizada bem ao fundo. Foi fácil reconhecer a figura que a aguardava, já bebericando o que parecia uma dose generosa de um drink. Ao chegar a mulher nem esperou os cumprimentos para dirigir-se a ela com um sorriso enorme:
Enfim você, Alex. ― disse a mulher de cabelos tingidos de púrpura, vestindo uma combinação de saia e jaquela de couro de um tom mais escuro.
Oi, Jenifer. ― cumprimentou a fotógrafa, puxando a única cadeira restante da mesa, sem cerimônia.
Estava ansiosa para te ver, garota. ― começou Jenifer, endireitando um pouco a postura relaxada. ― Já faz mais de um ano desde a última vez!
É, desde que você veio pra cá. ― completou Alex, após pedir um drink igual ao da outra ao garçom.
Sim, sim. Mas nós duas sabemos que eu estava apenas me adiantando a você. Nada melhor do que aceitar uma generosa proposta de outra editora e ainda vir para a sua cidade natal, esperar seu retorno. ― disse a designer editorial, exibindo um orgulho enorme pelo seu crescimento profissional.
Sei. ― murmurou Alex.
Ora, vamos lá Alex, não seja tão fria. Você sabe que eu não viveria sem você por perto!
Alex riu e concordou com deboche. Já ouvira muitas vezes aquele tipo de declaração regada a álcool. Desde que haviam se conhecido, assim que Alex chegara à divisão da editora na cidade do interior do estado, ela já tivera a oportunidade de observar os esforços de Jenifer para mimá-la com suas conversas em estado embreagado uma centena de vezes:
Sem essa, Alex. Eu nem bebi tanto assim, esse é o segundo drink! ― defendeu-se Jenifer, lendo com precisão a expressão de descrença da outra. ― É tão difícil assim pra você acreditar que é importante pra mim?
Jenny, não existe nada para nós além da cama. ― afirmou Alex, rindo-se e tomando um gole do seu drink. A bebida era muito doce, com um toque de acidez e o claro sabor de morango. Pedir o mesmo que Jenifer era sempre uma escolha segura, lembrou-se.
E o que mais é preciso, querida Alex?! ― exclamou Jenifer, abrindo os braços. ― Temos uma boa convivência, independentes, seguras. Além disso fazemos um sexo dos deuses. Não tem como ser mais perfeito!
Alex desviou os olhos para a paisagem externa antes de responder:
Não vou negar nada disso. ― disse, fintando a expressão confiante da outra por um momento e depois retornando para as luzes urbanas. ― Mas sou o tipo de pessoa que precisa de algo mais do que isso.
Hm hm, eu sei. ― disse Jenifer, acompanhando o olhar da fotógrafa. ― Romantismo é uma dessas doenças que nasce com a pessoa e nunca é curada.
Alex riu. Adorava a maneira sincera da outra de falar:
Já encontrou com a sua eterna amada? ― perguntou Jenifer, depois de alguns minutos em que as duas apenas tomaram suas bebidas e distraíram-se com os carros pequeninos, à distância.
Sim. Ela e o Ricardo foram me receber no aeroporto.
Pela sua cara devo dizer que ainda está no zero a zero. ― disse Jenifer e Alex se viu obrigada a encará-la de volta, ponderando a afirmação.
Não conseguimos quebrar o gelo. ― confessou.
Ah, chega desse assunto! ― exclamou a designer, com vigor. ― Eu não te convidei para ficar vendo essa cara de cachorro molhado. Vamos pedir alguma coisa para comer. ― completou acenando para o garçom que servia uma mesa próxima.
Você me convidou para tentar me arrastar para cama depois, eu sei.
E vou conseguir, não vou? ― provocou Jenifer. Alex apenas riu e desviou os olhos para a paisagem mais uma vez.
Duas horas depois Jenifer parou o carro, um modelo um esportivo de alto valor, na esquina do prédio onde Alex morava. A fotógrafa não estranhou quando a outra apagou o motor:
Um lugar discreto. ― comentou ela.
É uma boa localização e minha irmã fez um ótimo trabalho lá dentro. Quem sabe te convido para um chá da tarde qualquer dia desses. ― disse Alex, maquiando o sorriso com pouca eficiência.
Como é? Não vai me convidar para subir hoje? ― questionou Jenifer, com uma expressão levemente desapontada. Estavam jogando.
Será que eu deveria? Você sabe, eu já tenho outra pessoa em mente. ― atacou Alex. Apesar disso a fotógrafa não fez objeção à mão que Jenifer passou do câmbio para a sua coxa esquerda.
Sabe que não sou ciumenta, Alex. ― disse Jenifer, soltando o cinto e curvando mais o corpo na direção da outra. ― Você é minha número um e quero aproveitar tudo, enquanto for possível.
E depois vai recorrer para sua número dois, três, quatro e cinco? ― perguntou a mulher de cabelos negros, tirando os óculos de aros proeminentes que Jenny utilizava sempre que dirigia ou estava trabalhando. Também livrou-se do cinto, que já havia se tornando uma barreira.
Talvez. . . Mas saiba que nenhuma delas é como você, Alex. Eu poderia passar a vida inteira só com você. ― sussurrou Jenifer, já com os lábios a poucos centímetros dos da outra.
Você bebeu, não fale besteiras, Jenny. ― riu-se Alex, passando os braços pelo ombro e cintura de Jenifer.
Só bebi o suficiente, meu bem. ― concluiu Jenny antes de colocar fim àquela brincadeira, beijando com desejo a outra mulher, que correspondeu ao seu desejo com a mesma intensidade.
As duas gastaram vários minutos ali no carro, aproveitando as sensações das carícias e provocando-se mutuamente por mais. Logo perceberam que aquele espaço já era pequeno demais para o tesão crescente entre as duas. Foi quando Alex sentenciou, ao livrar-se por um momento da língua da amante:
Melhor subirmos.
Foi só o tempo de Jenifer estacionar o veículo com maior cuidado, na garagem ao lado do prédio. Tiveram sorte de não encontrar ninguém pelos corredores do edifício, no conturbado caminho até o apartamento, onde mais se preocuparam em manter o clima do que se estavam tomando o caminho certo. Um esforço recompensado assim que enfim Alex trancou o apartamento por dentro.
O carro de Jenifer só deixou o estacionamento no final da manhã do dia seguinte.

Yuri Kuma Arashi: ELA CHEIRA A LÍRIOS, Tempestade Yuri no novo anime do Ikuhara

Já postei no meu blog e vou postar aqui também porque eu POSSO! BWUHAHAHA~

Há uns dois anos, pouco depois do termino de Mawaru Penguindrum, foi anunciado através de um misterioso teaser site [http://penguinbear.com/] com o nome de PENGUINBEAR Project anunciando um novo projeto do diretor de Shoujo Kakumei Utena (<33) e Mawaru Penguindrum, Kunihiko Ikuhara. Depois de tanto tempo inativo, na semana passada iniciou-se uma contagem regressiva de 5 dias, até o anuncio de hoje, quando surgiu novas informações! Yuri Kuma Arashi (Tormenta de Ursos & lírios --- SACA SÓ ESSE NOME), que anteriormente se pensava que seria produzido pelo estúdio Brains Base (Durarará), será animado pelo SILVER LINK (WataMote; Não É Minha Culpa Se Eu Não Sou Popular) com character design original de Akiko Morishima (autora de diversos mangás yuris). No novo site do projeto, é possível [http://yurikuma.jp/] ver  uma nova contagem, dessa vez progressiva, assinalando as possíveis datas de novas atualizações, começando em 15 de setembro, se estendendo para 30 de setembro, 10 de outubro, 20 de outubro e 30 de outubro.

Yuri Kuma Arashi já conta com uma adaptação em mangá, pela autora Akiko Morishima na revista seinen Gentosha Comics, seguindo os mesmos moldes de outras produções originais, como Evangelion e Utena, em que os mangás estrearam bem antes que o próprio anime original. Trata-se de uma prática bem comum, uma vez que essas adaptações servem mais como uma propaganda e são bem simplistas, e às vezes com algumas mudanças no enrendo, se comparadas ao original. 

Traduzi algumas partes do mangá (ESPECIALMENTE PRO KAS, saquem só o amor) porque quero vocês shippando comigo!!!




Sinopse:
Kureha é uma colegial simples e quase não é notada pelos outros, sentindo-se invisível. Todas as noites, ela tem um “sonho sobre um urso e uma tempestade transparente”.  Neste sonho, sua misteriosa colega Ginko Yurishiro aparece na forma de um urso.


YEAAAH! PENGUINDRUM FEELINGS! GEEEEENTE, eu não sei se o anime irá seguir esse mangá, mas se for... EU JÁ ESTOU SANGRANDOOOOOOOOO!! MOEE MOEEEE KYUNNN S2

(sim, sei que sou uma bandida que só aparece aqui pra surtar noticias repletas de shipping e fodendo artigos que é bom nada! E é isso ai, me amem! Especialmente as garotas ~69)

domingo, 24 de agosto de 2014
Posted by Unknown

Novidade: Casais de Séries se "Assumindo"

Olá pessoal!!

Hoje temos uma grande comemoração a fazer!
Dois casais super conhecidos que o fandom adorava e sempre disseram que era Canon e os "fãs em geral" diziam que não, era viagem da gente ou que eles eram apenas amores platônicos de unilaterais foram reconhecidos como oficiais. Estou falando das séries Ataque dos Titãs (Shingeki no Kyoujin) e Hora da Aventura (Adventure Time)!

O primeiro todos tinham certeza (acredito eu) depois dos últimos capítulos onde Ymir e Christa (Historia) apareceram. A praticamente (pra mim TOTAL) obsessão que uma tem pela outra e de se encontrarem novamente tinha uma tensão muito mais do que de amizade. Apaixonadamente doidas demais para o meu gosto, além da "Historia" ser bem mais chata do que a "Christa". Mas sim, o produtor George Wada confirmou que Ymir e Christa são um casal em um painel do Animagic 2014 (traduzam a página oficial do Crunchyroll e confirmem por si mesmos).

Já o outro casal confirmado, que nunca apareceu por aqui, é Princesa Jujuba (Princess Bubblegum) e Marceline. Nunca tinha visto Adventure Time, mas sabia que o fandom era doidão por elas. Até tinha visto uns vídeos onde constatei que realmente no mínimo tinha uma historinha por trás delas duas (para quem está curioso, dê uma olhada aqui, aqui ou aqui). Mas desde o fim de semana estou vendo a série e estou quase no final da primeira temporada. Mal espero para ver estas coisas rolando! LOL.

Mas não fiquem tão felizes, na verdade Bubblegum e Marceline FORAM um casal já. Foi o que confirmou o próprio criador da série. Ou seja, podem simplesmente nunca mais ser, ou (a melhor possibilidade) tem sentimentos inacabados e cheios de amor (XD). Vamos acompanhar a série para ver onde isso vai dar.
Então pessoal, vamos aproveitar as séries e ver até onde esses casais vão!

E que tal torcer para alguém da equipe de Nanoha confirmar o lindinho NanoFate?! Afinal, até a Nana Mizuki (dubladora da Fate-chan) shippa elas. (XD)

Até logo! o/

Acompanhe: Ela é o meu Pecado - Proteja-me

Boa Noite pessoal!

Hoje estou vindo para fazer uma pequena propaganda!
Não, não é nada "ui, estou sendo comprada" nem nada. Hahahaha
Na verdade é só uma ajuda voluntária para a Sameerah Sy, escritora que anteriormente publicava fanfics e está agora lançando seu primeiro livro da quadrilogia com teor yuri/lésbico Ela é o meu Pecado, que se chama: Proteja-me.

A Sy-chan (desculpe a intimidade XD) está lançando o livro pelo Clube de Autores, mas também disponibiliza a obra grátis para quem não tem certeza de que quer comprar o livro só pelas sinopses (leia aqui o/).

A autora foi super simpática pelos e-mails e também comentou duas coisas bem legais. Ela está concorrendo a um prêmio no Clube de Autores e está precisando de ajuda de quem achar legal o trabalho dela na votação. Além disso, ela está fazendo uma promoção bem legal do livro pelo Facebook. Quem não tem dinheiro para comprar o livro, mas leu online e queria ter a obra em mãos, é uma boa chance! (link para a promo aqui o/)

Para quem quer ter mais informações sobre a obra e sobre a autora, aconselho dar uma olhada no vídeo a seguir:
Vamos lá pessoal, não é todo dia que aparece uma autora do gênero (e ainda mais que surgiu dos fics como o KaS!), portanto o blog claro que quis ajudar no que pudesse. Então vamos dar uma forcinha para a Sy-chan!

Bora soltar o apoio pra ela também nos comentários. Vamos fazer bonito pelo poder-literário-yuri! E boa sorte para a autora no resto da quadrilogia!

Até logo! o/

segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Posted by Se-chan

Indicação: The Real Her

Olá a todos(as)!
Como estão?

Venho aqui para continuar minha volta ao KaS (estou até levando o notebook para o trabalho a fins de fazer postagens!), e falar de um mangá que eu já quero falar há muito tempo e que faz mais tempo ainda apareceu aqui como uma leitura de mangá: The Real Her.

Sobre a Publicação:

The Real Her (no Japão conhecido como "Honto no Kanojo" que tem o mesmo significado) é um mangá de comédia e romance ainda em publicação (não sei por que me deu um branco e eu pensei que ele já estava finalizado) em pela agora extinta Hikari desde a primavera de 2012 e criado por Youko Imamura.

A popularidade no Japão é desconhecida por minha pessoa, mas através do Baka Updates dá para perceber que a série é muito bem aceita por quem a lhe online (tem 40% de votos 10/10 no site). O clima extremamente cômico do romance é o grande ponto da série, e a seguir quem não conhece a obra saberá o por quê.

História:


A obra começa com uma declaração amorosa de Moe (a de cabelos mais curtos) para Yuuka (a mais alta) e sendo prontamente rejeitada. Com o passar do capítulo inicial se vê que Yuuka é o esteriótipo de personagem de Karekano (obra de Masami Tsuda já publicada no Brasil pela Panini). Garota popular que esconde uma personalidade tsundere e totalmente diferente do que os outros enxergam.

Obviamente, assim como a obra citada no parágrafo acima, Yuuka acaba revelando seu verdadeiro eu para Moe, mas a mais baixa prontamente diz que já tinha conhecimento sobre esta face da garota, e que é por isto mesmo que gostava dela. Parece realmente uma versão yuri de Karekano se você olhar somente o plot, mas a verdade é que as personalidades são extremamente diferentes do casal hétero-fofo. Moe gosta de Yuuka por causa de sua personalidade justamente por se sentir intimidada pelos olhares mortais da mais alta (sim, no total estilo sadomaso).

Apesar da situação estranha (afinal, não é todo dia que uma garota masoquista gosta de você), Yuuka acaba passando mais tempo com a de cabelos escuros pelo fato de seus amigos sempre quererem se aproveitar de algum jeito dela. Um exemplo: Até mesmo se aproveitam para chamar a atenção de garotos por estarem juntas de uma garota bonita! (credo! XD)


Como agora Yuuka sabe que Moe conhece seu "verdadeiro eu", ela acaba se soltando e criando situações hilárias, sempre na primeira e última páginas dos capítulos, por justamente ter o fato da Moe ser uma masoquista louca, um diabo! É uma fetichista de primeira! Uma tarada completa.


Quando li o final do primeiro capítulo (imagem ao lado) eu morri de rir! Demais! E não sei como dei um hiato louco entre a postagem da leitura do primeiro capítulo e esta aqui. Esse jogo de "Você finge ser alguém é? Que pena, o problema é que sou mais doida, maluca e tarada que qualquer outra protagonista" é incrível! (Sério, ela é pior que a Kanako de Maria Holic! Hahah)

Sobre os personagens:

Yuuka:


Como falei acima, é uma garota alta, de cabelos claros e que parece ter um jeito de "ojou" (riquinha). Na verdade é uma tsundere (grita, grita, mas no final é fofa e até inocente). Por mais que tenha esse jeito de adulta, na realidade ela sabe muito menos das coisas românticas ou sexuais do que a Moe.

No inicio seu relacionamento com a Moe não é reciproco, a garota dá patadas verbais e físicas na mais baixa, mas no capítulo 9 (o último que foi traduzido para o inglês) a garota já está adaptada ao jeito da de cabelos escuros e acaba tendo momentos bem fofos com a outra. Sério, este último capítulo foi bem fofo e romântico para o que estava rolando antes no mangá. Apesar disso, a obra não perdeu seu humor, e as situações que antes eram (por parte dela) de inocência com relação a Moe, acabam por revelar um lado sadista de Yuuka. O plano que a garota tinha de fazer a mais baixa ficar menos masoquista agressiva acabou por virar o contrário.  É a evolução de personagem mais engraçada que já vi. (XD)

Moe:


Garota baixa, cabelos escuros, com aparência fofa (como o próprio nome) e não é nada do que aparenta (muito mais do que a Yuuka). É uma doida, fetichista, masoquista, apaixonada pela garota a qual enxergou uma potencial sadista e, com seu jeito único, conquista a garota depois de se declarar. Vê-la com cara de prazer depois da mais alta gritar com ela é cômico demais, e não enjoa. É muito legal.

Mesmo com toda a maluquice, é fácil observar e acreditar que Moe ama Yuuka de verdade. No capítulo 9, depois de um acontecimento (o da primeira página, não vou dar spoiler), é lindo ver a reação de Moe à aquilo. É o típico que acontece com garotas apaixonadas, então é muito bom. Você acaba ficando com um sorrisão no rosto pelo que está vendo. Para mim ver a Moe daquele jeito não é uma evolução como Yuuka, mas sim a visualização de um novo lado da garota.

Por fim:


Quero dizer que The Real Her é uma série até agora curta, a qual não fiquei sabendo nada se vai sobreviver ao final da Hikari, que entretem e faz rir muito, tem personagens cativantes e uma química entre protagonistas que eu nunca vi em um shoujo-ai de puro humor (desculpe Yamanko.... XD).

Outro ponto legal que quero enfatizar é a "realidade" da série. Não são garotas santinhas que vão descobrindo um lindo e inocente amor, mas sim garotas que falam de coisas de sexo, fetiche e amor de um jeito bem diferente e franco.

Para quem curte humor como eu, pode ter certeza que é uma obra excelente para ler.

Até logo! o/

Novidade: Anime de Magical Girl Lyrical Nanoha ViVid Anunciado!

Olá pessoal!

Estou aqui para a notícia bombástica!

Durante a Comiket 86 a série de mangá Magical Girl Lyrical Nanoha ViVid teve um anuncio de que terá uma animação. 7 anos após a série StrikerS, Nanoha ganha uma nova animação para TV.

Lembrando que também já estava confirmado mais um filme para os cinemas: Magical Girl Lyrical Nanoha The MOVIE 3rd Reflection. Estão doidos e querem que amanhã já lance?! (infelizmente não, mas possivelmente será lançado ano que vem.)
Para quem não conhece, Nanoha é uma série Mahou Shoujo com muita porradaria e com muito 'fanservice' yuri (não chamaria assim um anime que diz que as duas garotas principais dormem na mesma cama, e sim de canon..).

Só lembrando que Nanoha Vivid (ou Vivio) é a série onde Vivio fica com o protagonismo, então imagino uma coisa um pouco mais para o lado de Fate/kaleid liner Prisma, mas espero que não tenha o tipo de fanservice direto que a spin off de Fate tem (aqueles beijos apelativos não, por favor).


Me desculpem se me equivoquei, mas fiz a postagem as pressas.

E vamos surtar nos comentários, por favor!

Fonte: http://www.animenewsnetwork.com/news/2014-08-14/magical-girl-lyrical-nanoha-vivid-manga-gets-tv-anime/.77638

[Conto] Prelúdio de um recomeço (Clarisse e Alex pt1)

Olá a todos! Mais uma quarta chegando com literatura yuri (ou yurista, ou lésbica, ou qualquer outro termo que seja de vosso agrado) chegando aqui no Kono-ai-Setsu. A novidade desta vez é que, pela primeira vez, não estou cá para trazer um fanfiction, mas sim uma obra 100% original.

Já faz bastante tempo que quero trazer conteúdo original para o blog, porém as coisas não cooperavam do meu lado. Confesso que só está sendo possível fazer esta "estréia" graças a um improviso. Minha intenção original era criar algo do zero, pensando no blog, mas a rotina corrida não me permitiu. Portanto, permiti-me usar de um escrito meu já pronto, de mais ou menos dois anos trás, refinado e compactado para ser um breve conto.

Por ser originalmente a introdução de uma longa história coloquei bem claro no título deste conto a palavra prelúdio. Não que isto signifique que a obra está incompleta, mas sim que a trama apresentada irá usufruir do frescor de ser apenas o prelúdio de uma história de romântica que ainda irá se concretizar, fora dos limites impostos pelo formato do conto.

E chega de enrolar com explicações, né. Só espero que este primeiro trabalho original meu aqui no Kono-ai-Setsu possa ser do agrado de vocês, leitores, que são a parte mais importante de toda essa estrutura por detrás deste blog.

Críticas, sugestões, utópicos elogios e sinceros xingamentos são bem vindos no espaço dos comentários. Só peço a todos uma pequena dose de paciência, pois agora nossos comentários são moderados antes de aparecerem na página. Coisa de poucas horas até uma de nós ver e liberar, nada grave.

Boa leitura!



Prelúdio de um recomeço

por Lilian Kate Mazaki


Clarisse estava confusa. Havia acabado de expulsar de sua vida mais um dos já incontáveis homens perfeitos que haviam lhe jurado amor e fidelidade eternas. Sentia-se injusta por ter encontrado tanto desses caras perfeitos nos últimos três anos, desde que se formara dar um fora em cada um deles da maneira mais fria e inesperada o possível.
O que estava errado afinal? Todos haviam sido carinhosos, românticos e quase surreais. Cada um com seu tipo de sexo, mas nenhum havia lhe humilhado ou causado dor. Por que então parecia tão doloroso acordar a cada dia com um deles ao lado na cama?
O problema estava nela, em algum canto que não conseguia mais se recordar onde. Acordava durante a madrugada sentindo um vazio que não sabia dizer de onde vinha, o que causara. O problema devia ser tão profundo que mesmo horas de meditação olhando pela sacada não traziam qualquer pista.
O passado. Ali devia ser a raiz de todo o mal que lhe corria pelos cantos:
― Clarisse, eu tenho novidades pra você. ― disse Ricardo, apoiando-se sobre a borda da ilha de trabalho da jornalista. Era seu vizinho direto da esquerda e fazia questão de não ser esquecido por uma manhã que fosse.
― Espero que seja realmente algo fantástico. ― foi o que conseguiu responder Clarisse, com a voz anasalada.
― Você andou chorando pelo Roberto? Não foi você que disse que tinha que terminar logo? ― estranhou o companheiro de trabalho, franzindo a testa e perdendo o rumo da conversa mais rápido do que a outra esperaria.
― Não chorei por ele. Chorei porque chorei. ― repondeu Clarisse. ― E qual é a novidade?
― Ah, claro. Eu acabei de descobrir quem vai vir transferida pra cá, como fotógrafa da coluna semanal! ― disse Ricardo, com uma felicidade de causar inveja, aparentemente acreditava que havia dito algo que deveria supreender, mas a reação de Clarisse não poderia ser mais oposta.
― Quem? ― perguntou simplesmente, sem entender o que o amigo queria dizer.
― Alex, sua boba! A nossa Alex! ― explicou Ricardo e começou a contar como havia decoberto este grande furo, só que Clarisse não estava mais conseguindo absorver o que ele dizia.
Alex, claro que ela sabia bem quem era. Sua melhor amiga durante toda a faculdade, companheira de festas, viagens, bebedeiras para esquecer aquele cara fascinante que havia se revelado um verdadeiro galinha. A coisa mais próxima do que Clarisse poderia considerar como alma gêmea, pois as duas se entendiam de uma maneira tão perfeita e complementar que bastava um olhar para uma saber como a outra estava se sentindo.
Uma pessoa tão marcante com quem Clarisse perdera o contato logo após a formatura da fotógrafa, pois esta mudou-se para uma cidade promissora do interior do estado, relativamente distante, para estagiar uma grande editora. Tentar relembrar como havia sido a despedida porém trouxe um sentimento doloroso e uma confusão extra para a cabeça da repórter que a surpreendeu.
Vazio. Era o mesmo que sentia durante todos aqueles anos ao lado dos amantes. O que as duas coisas tinham em comum?
― Você nem está me escutando, não é mesmo? ― reclamou Ricardo, finalmente trazendo a outra de volta para a realdade.
― Ah, desculpa. Estou com a cabeça cheia. Sabe, eu demorei até a lembrar da Alex! ― mentiu Clarisse, sorrindo em disfarce. ― Mas que ótimo saber que ela está voltando!
― É, você deve esta mesmo feliz, Clarisse. ― ponderou Ricardo, com um sorriso de lado que fez o estômago de Clarisse se encolher.
― Hã? ― questionou, sentindo uma impaciência se motivo.
― Esquece, vamos trabalhar. ― cortou o repórter científico, voltando para sua ilha de trabalho. Como sempre estavam com um prazo apertado, então a mulher não insistiu no assunto.
O dia e a semana inteira se transcorreu num piscar de olhos. Os problemas sobre namorado pareceram pequenos e ultrapassados para Clarisse, afinal Alex estava voltando! Ainda que não soubesse exatamente o que isso tinha de tão especial para estar fazendo-lhe ir dormir tarde da madrugada, assistindo a velhos seriados da tv a cabo.
Ricardo não mais tocou no assunto antes da sexta-feira, mas Clarisse pode perceber claramente as olhadas de observações de canto que o amigo antigo fazia volta e meia, enquanto a jornalista estava tentando se concentrar nos seus artigos atrasados. Se não o conhecesse bem teria pensando inclusive que estava se interessando nela, mas essa chance já havia sido descartada a muitos anos. No início da faculdade ela havia de fato se apaixonado a primeira vista pelo rapaz mais belo e, naquela época, inteligente da turma do terceiro período, Ricardo Bandeira. Porém suas investidas foram logo vistas como inúteis, quando ele a segredou que, na verdade, estava mais interessado em um calouro de Artes Plásticas.
Já passavam das duas da tarde quando o colega e vizinho de ilha finalmente entrou no assunto:
― Hei, Clarisse. Vamos sair as quatro para rececionar a Alex no aeroporto! ― sugeriu ele com a maior naturalidade, como se tivessem comentado sobre isto durante a semana inteira, ainda que sequer ele tivesse passado qualquer informação sobre a data de chegada da nova colega. Clarisse se viu confusa, tentando apreender o fato tanto que de a amiga estava chegando bem mais cedo do que esperava e que iriam sair da redação mais cedo ainda que o trabalho ainda estivesse atrasado para a quinta da outra semana.
― Claro. ― foi a resposta imediatava da jornalista.
Horas depois, Ricardo estacionou o pequeno carro em uma das disputadas vagas próximas à saída do saguão do aeroporto internacional. Uma multidão de transientes parecia um mar de vida e diversidade, em meio a empresários que somente chegavam de mais uma ponte aérea e turistas de todas as partes do planeta que desenbarcavam para descobrir as maravilhas daquela cidade privilegiada.
Aguardaram próximos à saída do portão de desembarque de letra H, como Ricardo dissera. Pelo visto vinha se comunicando constantemente com a fotógrafa, pois foi revelando detalhes da rotina e da vinda da mulher de volta para a cidade que não dissera antes.
Ou será que Clarisse apenas não havia prestado atenção no que havia lhe sido dito na terça-feira fatídica?
― Hei, Alex! Aqui! ― chamou o homem, sacudindo os braços no ar e Clarisse despertou tentando seguir a direção do olhar do amigo para ver quem poderia estar se proximando cheia de malas.
Após alguma procura finalmente pode ver, por dentre a multidão e malas a figura que ainda guardava fresca na mente.
Os cabelos negros lisos caindo sobre a face e ombros, a pele tão clara quanto delicada e as roupas escuras. Sempre escuras que Alex costumava a trajar mesmo durante o verão escaldante, assim como no gelo do inverno. Trazia um óculos escuros pendurados no colarinho e uma bagagem arrascando logo atrás de si. E foi ao focar em seus olhos negros que Clarisse foi invadida por uma onda de lembranças e sentimentos que a tiraram por completo da realidade por um instante.
Os estudos em conjunto. As fotos carinhosas que tiravam sempre. O ombro amigo que Alex sempre tinha para as crises de choro deseperado e imotivado da outra. Abraços apertados, olhares significativos. Tristeza e ansiedade sem igual invadiram o peito de Clarisse quando suas lembraças avançaram até o ponto fatídico que sozinho esclarecia todos os mistérios dos seus vinte e oito anos de vida.
A tarde onde se despediram, quando Alex passou no apartamento que Clarisse já habitava para pegar uns equipamentos de fotografia que esquecera de empacotar. A jornalista não sabia se havia sido um acidente ou alguma brincadeira do destino para que se vissem mais uma vez, depois da dolorosa despedida regada a muito alcool com o grupo de amigos. Havia um silêncio ainda mais pesado de incomodo entre elas naquela tarde final.
Ainda mais do que qualquer outro momento após uma bela fotografia ou antes de um 'até logo'. O silêncio pesado de duas pessoas que pareciam prestes a deixar que o último raio de luz do sol lhe escapasse por entre os dedos.
Um quase beijo e todas as certezas que tornaram a noite seguinte a mais trágica e solitária da vida da estagiária de redatora. Mesmo depois de quase quatro anos, a lembrança da respiração de Alex sobre a sua bele, tão perto, ainda fazia seus pés quase cederem, em meio ao saguão do aeroporto.
Como havia esquecido por completo de quem era? Talvez pelo mesmo motivo que a fizera ignorar a realidade durante aqueles anos de juventude. Covardia, talvez pura hipocrisia. Fora a pessoa mais eficaz do universo em enganar-se, chegando ao ponto de esquecer por completo de partes de si impossíveis de sufocar. Agora, com tudo à tona, ficavam óbvias as respostas para todas as suas questões.
Quando Alex estava perto o bastante, abraçou Ricardo, que tinha um sorriso imenso e fintou demoradamente o castalho do olhar de Clarisse:
― A quanto tempo, Clarisse.
A mulher teve certeza de que daquele momento em diante sua vida daria tantas voltas que acabaria por lhe levar a algum paraíso, ou inferno, que sequer conseguia imaginar.
― Bem vinda de volta. ― foi o que respondeu.




***

quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Posted by LKMazaki

Indicação: Miss Sunflower (Himawari-san)

Himawari-san, ou Miss Sunflower, é um mangá shoujo-ai (de romance em nível apenas subliminar), do gênero slice-of-life de Sugano Manami publicado desde 2009 na revista seinen Comic Alive (a mesma de títulos como Boku wa Tomodachi Sugunai, No Game no Life e Maria Holic). Uma história simples que pode agradar em cheio os apreciadores de uma comédia leve, tranquila e com toques muito sutis de romance. Atualmente já conta com 4 volumes e está em publicação. Em inglês e português encontram-se traduções até metade do terceiro volume da série.


O plot da trama gira em torno de Matsuri Kazamatsuri, uma estudante de 
desempenho desastroso na escola e sua obsessão pela venderora da pequena Livraria Sunflower (ou Himawari, em japonês), chamada apenas de Miss Sunflower. Uma relação de adoração que muitas vezes soa como romântica, mas que não é explorada unicamente neste sentido no decorrer da trama.

Personagens

Miss Sunflower é uma mulher com seus vinte e poucos anos que cuida da livraria e tem um apreço enorme por todos os livros e as histórias que eles contam. Ela também mora no mesmo prédio da loja, no andar superior. Vários detalhes sobre sua vida são revelados aos poucos no decorrer dos volumes seguintes do mangá, o que não vem ao caso deste texto introdutório, porém uma coisa ainda não foi revelada ao longo dos três primeiros volumes (dois e meio, na verdade): o verdadeiro nome da vendedora.

 
Sempre calma e até um tanto fria, Miss Sunflower não é alvo da admiração apenas de Matsuri, mas todas as jovens que a conhecem acabam admirando-a de alguma forma e intensidade.


Matsuri é uma estudante com desempenho bem precária. Apesar de demonstrar ser apenas uma pessoa avoada e sorridente, logo no primeiro capítulo, após um tanto de confusão e desentendimento com a quieta Miss Sunflower, Matsuri acaba revelando os inúmeros desgostos que carrega em sua curta vida, em grande parte por causa da falta de fé que as pessoas ao seu redor depositam nela. Um sentimento que acaba por contaminá-la, fazendo-a fugir de desafios.



Em particular achei este um ponto bem interessante, ainda mais sendo mostrado em um capítulo introdutório, de um slice-of-life. Algo que veio a se repetir diversas vezes nessa história: momentos profundos e reflexivos dos personagens, onde seus sentimentos mais fortes são mostrados. Um contraste enorme para um observador externo que crie em sua mente o conceito de que esta é uma história “bobinha e feliz”. De fato é assim em boa parte do tempo, mas volta e meia se veem os personagens mostrando terem mais profundidade do que se crê a princípio. Claro, destacando especialmente a figura de Miss Sunflower e também da avoada Matsuri.

Com o passar dos capítulos diversos outros personagens vão sendo introduzidos e acrescidos ao elenco permanente da trama. Outros casos de admiração exacerbada pela livreira kuudere Miss Sunflower surgem, assim como ligações entre personagens, além de revelações profundas sobre as motivações de alguns são destaque nas páginas deste agradável mangá.


O shoujo-ai

Esse é um ponto onde a sutileza do mangá pode criar opiniões bem distintas. Como dito a princípio este é um mangá onde o lado romântico não é explorado, porém não dá pra dizer que ele isento de qualquer traço mais acentuado desta faceta. Não são poucas as vezes em que Matsuri diz que ama Miss Sunflower (destaco um ponto no quarto capítulo, onde a jovem pensa consigo, um tanto frustrada por não poder dizê-lo em voz alta “Sinto muito, mas o que eu amo não são os livros, e sim a Senhoria Sunflower” *retirado da tradução brasileira realizada pelo S2 Yuri*). A estudante de fato tem um comportamento um tanto obsecado pela livreira, demonstrado de modo bastante cômico no decorrer dos capítulos. Cada ação e emoção expressa por Miss Sunflower (mesmo sendo tão pouca a expressividade desta) são desfrutadas por Matsuri com atenção.

Como se discutiria pelos cantos da internet: shipp ou canon? Em particular eu opino dizendo que Matsuri tem uma admiração platônica pela figura serena de Miss Sunflower (o quanto isso vai para o lado romântico? Melhor deixar essa pergunta no ar). Corrabora para esta minha teoria alguns fatos revelados posteriormente que não caberiam neste post que pretende ser livre de spoilers.

Quadros retirados da ótima tradução do S2 Yuri

Concluindo

Miss Sunflower, ou Himawari-san, é um mangá leve, divertido e com breves toques de emoção que pode agradar àqueles que não busquem em um shoujo-ai apenas cenas para torcer febrilmente por um casal central. Há sim ótimos momentos para a livreira e a estudante que não gosta de livros (mas da vendedora deles sim!), mas fica a recomendação de quem, aos que foram buscar este mangá, de não exigir demais desta faceta da história. Há muito de interessante nas páginas desta obra sobre livros, livreiras e admiradores.


Fica aqui a indicação de Miss Sunflower a todos os leitores do Kono-ai-Setsu. Confesso que estou a muuuuuuito tempo enrolando para fazer este post e isso principalmente porque gostaria de fazer da melhor forma possível a indicação deste que é um dos meus shoujo-ai favoritos. Este não é aquele tipo de mangá que você lê e fica pensando “nossa, eu preciso saber AGORA o que vai acontecer no próximo capítulo”, mas é uma obra que pode conseguir um lugar cativo no coração do leitor.

(Apesar de que, cá entre nós, alguns acontecimentos no final do segundo volume para o terceiro, conseguiram sim despertar essa curiosidade exacerbada no enredo. Fica o toque para despertar ainda mais a curiosidade)

Espero ter feito minha parte bem para indicar este belo mangá aos leitores do KaS. Retorno em breve com mais coisas interessantes para todos. Críticas, sugestões, comentários de quem já leu a obra e ademais, sintam-se à vontade para utilizar o espaço dos comentários.

Até breve!

 
Enfim vocês apareceram por aqui, suas lindas!

 PS: debates mais profundos sobre o conteúdo propriamente dito, recomendo enviarnos por e-mail, para não estragar a graça dos que ainda não leram. (e-mails: lilian.mazaki@gmail.com ou konoaisetsu@gmail.com)
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Posted by LKMazaki

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