Posted by : LKMazaki quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Olá a todos! Chegou a hora do climax de Mastered Negima Shadow! Sim, é neste capítulo que vamos acompanhar o desenrolar derradeiro da batalha contra Setsuna-P e saber enfim qual o desfecho deste combate mortal.

Espero que estejam gostando da série até aqui, semana que vem tem o capítulo final de Shadow chegando, já acompanhado de mais novidades literárias para o KaS. Boa leitura!

ps: ainda não respondi os comentários do último capítulo, mas vou fazer isso entre hoje e amanhã. Desculpe aos comentaristas!

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Aviso-legal: Mahou Sensei Negima não me pertence. Mastered Negima é uma obra de fã, sem fins lucrativos.
Mastered Negima Shadow
Capítulo 12: Apesar de tudo


― Como é?! Eles foram para lá sem nós?!
A parcela restante da Ala Alba que havia permanecido no trem para Husdranis estava reunida no sexto vagão do mesmo, que se encontrava a essa altura da viagem se encontravam vazio. Assim que Kamo fora comunicado mentalmente por Negi o arminho havia buscado um a um os membros do grupo, para explicar a situação a todos de uma só vez:
― Cara, eu não consigo acreditar nesse idiotas! ― esbravejou Kotarô. ― Por que eles foram sem agente?! Por quê?!
― Se acalma aí moleque. ― revidou Kamo, que estava sendo pressionado pelos jovens.
― Kamo, agente tem como encontrá-los, não tem? ― perguntou Asuna, que também estava lívida pela surpresa.
― Mana Asuna, isso seria muito difícil, já que estamos já muito longe de onde eles partiram.
― Mas eles estão correndo um perigo enorme, não? A Pe-chan está com dois dos amuletos poderosões! ― disse Haruna.
― Eles vão ficar bem? ― questionou Nodoka, aflita.
― A vantagem daquela shikigami maluca é mesmo enorme, se querem saber. ― disse Kamo, sério. ― Eu espero que o mano e a mana Konoka tenham ido lá só para trazer a mana Setsuna de volta.
― E essa da Setsuna?! Por que raio de motivo ela foi atrás da Setsuna-P sozinha?! ― irritou-se mais ainda a ruiva.
― Tsc, eu tinha certeza de que alguma hora ela ia fazer isso. ― comentou Kotarô. ― Ela sempre dá um jeito de tentar se ferrar sozinha.
― Mas na época do Ice Soul você também foi com ela, Kotarô. Não pode falar nada. ― acusou Haruna.
― Eu fui, mas era diferente. Estávamos só fugindo e eu odeio ser covarde. Só que também não dá pra ser imbecil como ela dessa vez!
― Kamo, vamos voltar. Vamos encontrar aqueles três. ― disse Asuna, com o temperamento mais controlado.
― Mas, mana Asuna. . .
― Eu vou ir sozinha se não concordar.
― Sozinha não! Eu também ilei, Asuna. ― disse Kuu Fei.
― E eu! Se estiverem vivos eu vou fazer questão de surrá-los com as minhas mãos! ― emendou Kotarô. agressivo.
― Ai caramba, isso vai ser trabalhoso. ― lamentou-se o arminho, baixo para que não fosse escutado pelo jovens que discutiam e falavam quase aos berros entre si. ― Espero que não encontremos uma tragédia.


Negi e Setsuna-P se encaravam em silêncio já a vários minutos. A tensão do combate parecia ter se elevado muito desde a discussão que interrompera a troca de golpes. O olhar da ex-shikigami era ardiloso e carregado de rancor. Estava a espreita do menor sinal de discuido do garoto para poder investir. Já o mago tentava manter os sentidos o mais alerta o possível, para ser capaz de esquivar de qualquer investida repentina.
O vento o soprou pela planície escondida e o seu cessar foi o sinal inaudível. Set-P deu um rasante e posicionou a espada. Deu um golpe direto, com a lâmina apontada para frente. Negi esquivou-se por pouco, mas ele não esperava pelo chute no estômago que veio em seguida. A sombra aproveitou a brecha para socar o rosto e peito do garoto, que caiu e levantou-se num movimento largo para afastar-se.
Agora com os dois em pé no chão Setsuna-P guardou sua arma e aprumou os braços. Negi tinha confiança na sua técnica corpo-a-corpo, portanto avançou.
Só que diferente de antes, a ex-shikigami tinha uma postura muito mais cofiante e divertida em relação ao combate. Deixava-se atingir sem que isso lhe afetasse de qualquer modo. O professor-mago chegou a acertar toda uma sequência de socos no rosto e colo dessa, sem que a mesma sequer recuasse um centímetro. Aquilo tirou a concentração do garoto.
Era o momento que Set-P aguardava. O instante de distração de Negi foi tudo o que precisou para sacar sua espada como um raio e atravessá-la pelo seu abdômen. E não parou nisto. Seguiram-se cortes profundos nos braços do guerreiro-mago e outra perfuração, dessa vez na coxa esquerda. Ao final da sequência sanguinária Setsuna-P chutou o adversário que rolou três metros e ficou estirado no chão:
― Até que você tem bravura, Negi Springfield. ― disse a sombra viva que em quase nada se assemelhava à Setsuna Sakurazaki. ― Qualquer outro teria se deixado levar pelo medo muito antes de você.
― Ainda. . . Não desisti. ― disse o garoto se erguendo, trêmulo.
― Pois devia ter desistido, sensei. ― retrucou Setsuna-P, esvaindo seu olhar do divertimento de antes, assumindo um ar bem mais perigoso.
Sem piedade, Set-P avançou primeiro e atacou. Negi ergueu os braços para defender-se e um corte profundo foi feito na sua mão e antebraço. Para finalizar, ela utilizou pela primeira vez a energia mágica dos amuletos para algum efeito: lançou uma rajada de poder contra o peito de Negi, que voo vários metros para trás e caiu, dessa vez inconsciente.
Mais uma vez, a sombra saiu vitoriosa do combate.


Depois de todo o medo e angústia com a possibilidade ter tudo o que fazia sua vida ter sentido tirado de si, em um instante fugaz, Konoka Konoe finalmente encontrou o silêncio absoluto dentro da própria alma. A completa escuridão se tornou absoluta diante de seus olhos fechados e uma porta para algo muito além da existência surgiu. Era o ato conclusório da evocação mística que realizava como encerramento do feitiço de exorcismo mais poderoso já inventado pela sabedoria humana. Seu corpo inteiro foi dominado pela sensação de mergulhar em chamas que não poderiam lhe ferir. Um brilho azul intenso se concentrou bem diante de si e a maga fechou as mãos que estiveram o tempo inteiro unidas em oração e invocação. Instantaneamente tudo tornou-se escuro novamente. Ela sabia, era o momento.
Konoka abriu os olhos e ergueu-se. Tinha noção total da figura que se aproximava sem pressa pelas suas costas. Manteve os punhos fechados ao lado do corpo e virou-se.
Setsuna-P caminhava com o sorriso mais largo do que em qualquer momento da batalha até então. Sua espada pendia, segura pela mão esquerda, arrastando a lâmina no chão. Seus olhos negros, estreitados pela malícia fintavam o castanho do olhar determinado da maga. Essa parou sua caminhada somente quando estava a menos de dois metros de distância da outra:
― Então, agora é só você e eu, Konoka Konoe. ― disse a sombra, o sorriso quase se tornando demente de excitação. ― Talvez eu devesse verificar antes se sua namorada continua respirando, mas, pelo estado que deixei ela, é bem provável que não. Não concorda?
Ainda que fosse uma provocação, a possibilidade de que Set-P estivesse certa na sua afirmação era alta. Porém não havia espaço na mente e coração de Konoka naquele momento para sentir o medo. Tinha que manter a concentração para preservar a energia do feitiço que reservava consigo:
― Que cara é essa? Por acaso está amargurada pelo que fiz? Eu te avisei que iria acabar com eles na sua frente, não é mesmo? Não me venha com choro agora.
― Eu te disse uma vez, Setsuna-P, que você não será capaz de me matar. ― disse a maga, sustentando o olhar da outra. ― Eu te provei isso, não?
― Me pegar desprevenida daquele jeito foi fácil, mas não vai acontecer dessa vez. Além disso seu blefe não vai mais colar comigo.
― Blefe? Mas eu estava certa.
― Certa?! Certa em dizer que eu ainda estou apaixonada por você?! Acha mesmo que ter tentado me matar daquele jeito covarde, quando eu mais precisava da sua aceitação, é algo que pode ser esquecido tão fácil?!
― Eu não queria ter feito aquilo. Você estava fora de controle.
― Eu só queria ter o direito de viver! Por que todos me impediram de ter isso?!
― Você ainda está cega. Mesmo todo esse tempo não foi o bastante para que você enxergasse o que realmente aconteceu, não é, Setsuna-P? Toda a crueldade e egoísmo que levaram àquela situação horrível.
― É muito fácil colocar tudo nas costas da shikigami anormal, não é verdade?! Os humanos sempre estarão certos na história, sempre serão as pobres vítimas! Vocês nunca poderiam entender, porque nunca foram seres sem o direito a vida!
― Se você tivesse desistido de agir daquela maneira, logo no começo. . . Se. . . Se eu tivesse te impedido de fazer aquelas coisas, tudo teria sido diferente.
― Ora, então você coloca alguma culpa sobre seus ombros?! É um milagre!
― A minha culpa é por ter sido fraca demais para te fazer parar com aquela loucura. Eu sofri uma culpa em dobro pela minha tolice. Fui uma traidora vil e também uma imatura por não ser capaz de te salvar do caminho que criou para você. Eu sei que no fim das contas, fui eu quem falhou.
Setsuna-P ficou sem palavras mediante aquela confissão. Quase chegou a aceitar aquelas palavras da maga-branca. O primeiro momento em que duvidou de todo o sentido da sua vingança e pensou se não haveria outra alternativa:
― Do que está falando? Está arrependida, de uma hora pra outra?
― Eu sempre estive arrependida, só que você não é capaz de enxergada, além disso, não é?
A essa altura a expressão de ódio de Setsuna-P já havia se desfeito por completo. Apenas confusão e um pouco de medo se viam no lugar da ameaça:
― Será que ainda há tempo para consertar tudo? Apesar de que. . . talvez eu que não fosse mais capaz de voltar atrás. ― disse Konoka, apertando com ainda mais força os punhos.
― Eu. . . só. . . ― Setsuna-P estava a ponto de dizer as palavras que poderiam extinguir de uma vez por todas as sombras que dominavam sua alma. Ela mesma poderia deixar de ser apenas uma mancha de rancor para enfim ser uma pessoa livre. Só que algo a impediu.




A algumas décadas atrás, quando o grande mago conhecido como Thousand Master enfim conseguiu deter o feiticeiro que fora capaz de trazer da profundeza do Universo a maior fonte de poder mágico já existente ele percebeu o grande perigo que aquela força significava. Ele próprio dividiu aquela força e a aprisionou em forma de amuletos, para serem escondidos. Teriam que ficar o mais distante o possível de qualquer forma de vida. Isto porque existia uma propriedade naquele poder que nem mesmo uma divisão em milhões de partes iria extirpar daquela matéria única.
O gosto pelo Mal. A energia se atraída por pessoas com caráter ou sentimentos ruins. Quanto mais sombrios, mais veloz era o efeito de atração. Mesmo os amuletos eram capazes de desaparecer de um local para o outro em busca de um hospedeiro com alma cruel para poder habitar.
E quando se fala em hospedeiro é acertado, pois os amuletos ao se fixar em uma pessoa passam a possuir sua alma e alimentá-la para o Mal. Mesmo pessoas ligadas àquelas forças sem tocá-las diretamente eram possuídas apenas pela aura de influência daquelas fontes. Uma vez escolhido, o hospedeiro jamais poderia se livrar da maldição.
O lado bom dessa natureza é que pessoas de alma predominantemente boa não eram possuídas e ainda conseguiam extrair boa parte da energia dos amuletos. Porém o menor traço de amargura ou ódio verdadeiro seria o bastante para mudar essa situação.
No passado o Thousand Master escondeu as jóias carregando aquele poder com a esperança de que elas jamais fossem alcançar novos hospedeiros. Algo que se mostrou ineficaz com o tempo.




Antes que fosse capaz de continuar sua fala, Setsuna-P sentiu uma dor excruciante dentro do peito e berrou. Konoka se surpreendeu com aquela reação, mas não se moveu. A espadachim cambaleou e começou a falar consigo mesma, com uma voz rasgada e gutural:
― O que está fazendo?! Por que hesita de repente?! Você sabe o que tem que fazer. Termine com isso!
― Setsuna-P? ― Konoka estava em chofre. Era como se a outra estivesse possuída por alguma coisa. Foi então que a maga branca recordou das palavras que ouvira de seu pai, na última vez em que conversaram antes da excursão à Husdeven.
"É melhor para o mundo que essas jóias sejam recuperadas e destruídas de uma vez. O Mal que elas evocam é capaz de destruir a alma de qualquer homem ou mulher. É uma benção e maldição grandes demais"
A jovem compreendeu então que aquela reação de Set-P no justo momento em que parecia criar a consciência de seus atos devia ser uma reação dos amuletos contra aquela mudança.
Setsuna-P parou de falar e ficou respirando forte, olhando para o chão. Quando ergueu o rosto sua expressão havia se transformado por completo mais uma vez. Estava muito pálida, com um tom quase esverdeado, os olhos injetados:
― Você. . . ― a voz de Pe tremia, mas estava novamente carregada de ódio. ― Não pense que vai me convencer com essa conversa mole, Konoka Konoe!
― P-Pe. . . Você. . . Você não quer fazer isto, não é?
― Tudo o que eu quero é o seu sangue nas minhas mãos, sua vaca maldita! ― gritou Setsuna-P. ― As suas entranhas vão colorir esse lugar sem importância em alguns instantes, vai ver!
Konoka sentiu um peso gelado no estômago. A outra estava fora de si. Sua conversa não chegaria a lugar nenhum e agora seria muito mais difícil conseguir o contato direto com a pele da ex-shikigami para que pudesse liberar o feitiço de exorcismo. Antes disso teria seus membros espalhados para todos os lados.
Erguendo a espada, Setsuna-P correu para o golpe fatal. Konoka não podia desviar bruscamente para não arriscar que o feitiço em suas mãos se dissipasse. Não havia escapatória. Então a maga branca deixou a razão e agiu apenas com seu instinto. Deu dois passos à frente.
Dois passos. O suficiente para se adiantar demais ao golpe. Entrou entre os braços ainda erguidos em guiza de golpe de Setsuna-P. Esta tentou recuar, mas não era possível tão bruscamente. As duas colidiram, mas ao invés de cair ou se afastarem, Konoka passou os braços pelo corpo da outra. Um abraço.
A essa altura a garota de longos cabelos castanhos já sabia o que fazer. Deixou que uma única frase escapasse de seus lábios. Setsuna-P pode escutar com perfeição:
― Eu ainda te amo.
Uma luz azul imensa explodiu, engolindo as duas. Um pilar se extendeu aos céus iluminando ao ponto de fazer o dia parecer mais escuro. Konoka foi sendo afastada do núcleo da poderosíssima magia. Uma corrente de vento circular forte como um furação se formou ao redor do pilar de luz azul que girava. Um calor terrível se formou na base do pilar, parecendo que iria explodir, mas logo foi cessando, assim como a própria luz. Em pouco tempo nada mais restou. Nem luz, nem a pessoa que fora atingida pela magia. Apenas os dois pequenos amuletos caídos ao solo.
Ágape. O amor incondicional e livre de qualquer sentimento carnal e físico. O sentimento mais poderoso que pode unir o homem ao universo. A emoção capaz de superar todas as outras e aceitar cada um em todos os seus defeitos. A benção que os erros que Konoka tanto se arrependia trazia consigo. Algo que carregaria pelo resto de seus dias, assim como a dor.

2 Responses so far.

  1. Anônimo says:

    Muito bom.

  2. Saudações


    Os diálogos parecem ter ganhado um tom mais grave de execução neste momento...
    Isto me soou bem chamativo, Mazaki.

    No anseio dos próximos acontecimentos.


    Até mais!

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